Estresse ocupacional: Como lidar com o "mal" dos tempos modernos

ï»O estresse excessivo tem sido considerado um dos maiores problemas da contemporaneidade e, atualmente, o impacto gerado pelo trabalho tem sido objeto de estudo para várias pesquisas, que comprovam o aumento dos níveis de estresse ocupacional. Mas como identificá-lo? Como tratá-lo? Como preveni-lo? Podemos compreender estresse como uma resposta não específica do corpo a qualquer exigência, sendo que as oscilações e vulnerabilidades, provocadas pelas tensões cotidianas, como vida corrida, falta de exercícios físicos e má alimentação, podem agravá-lo. O estresse ocupacional ou estresse no trabalho pode ser compreendido como uma resposta do organismo a estímulos físicos e emocionais, caracterizados, principalmente, pela sobrecarga de atividades, relações interpessoais desestabilizadas, vulnerabilidade profissional e excesso de competitividade no trabalho.
Os primeiros sintomas de estresse ocupacional são facilmente identificados. Geralmente observamos alterações de caráter físico, como fadiga, insônia, neurastenia, falta de ar e palpitações sem motivo e alterações do trato digestivo. Com o não tratamento, o quadro evolui para sintomas psicológicos, tais como ansiedade, avidez, agitação, excesso de preocupação e nervosismo. Todos esses sintomas associados à falta de motivação, indisposição e conflitos fazem com que o colaborar chegue a apresentar a Síndrome de Burnout, e, consequentemente, todos em torno dele sentem os impactos dessa condição.
Nos casos de estresse ocupacional, recomenda-se o tratamento não somente do colaborador, mas de seu ambiente de trabalho, pois este é o fator desencadeador do problema.
Remodelar o ambiente de trabalho, fazendo, se necessário, alterações de função, escalas na carga horária, estabelecer ocupações, direitos e tarefas de cada colaborador, sempre de forma clara e objetiva, visando que todos cumpram suas atividades de forma satisfatória e sejam ouvidos sempre que necessitarem, é uma recomendação, quando os sintomas de estresse estão no seu quadro inicial.
Se mesmo com essas pequenas alterações, o quadro de estresse ocupacional já estiver inerente, recomenda-se a busca por intervenções terapêuticas, como dinâmica de grupo, exercícios laborais, técnicas de respiração, dentre outros que possam trazer alívio e melhora dos sintomas de estresse.
Contudo, se os sintomas persistirem, recomenda-se focar em reequilibrar e restabelecer o funcionamento psicológico e físico do colaborador, com terapias ocupacionais, psicólogos e médicos, que agregam não só ao funcionário, mas à empresa, visando à busca pelo equilíbrio entre saúde mental e trabalho.
Cabe aos níveis hierárquicos superiores, saber ouvir e ponderar a respeito das sugestões, opiniões e questões de seus colaboradores. Saber identificar e mitigar os problemas existentes em seu ambiente de trabalho, no início, é eficaz não somente para o colaborador, mas para a empresa como um todo. Uma alimentação equilibrada, a prática de exercícios físicos, uma boa noite de sono e um ambiente de trabalho em harmonia, são essenciais para o funcionamento adequado do corpo, e, consequentemente, previnem o estresse excessivo.


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