Utilização de cheques ainda é comum no país, mesmo com crescimento dos cartões

Antes usado como substituto do dinheiro, cheques ganham força como forma de crédito. Saiba como tomar as devidas precauções.

As transações financeiras envolvendo cheques estão caindo no Brasil. Segundo dados do Banco Central, a quantidade de operações envolvendo este meio de pagamento saiu do patamar de 2,2 bilhões na década passada para pouco mais de 822 milhões. Só nos últimos 12 meses, foi registrada uma queda de 63%.

Na direção oposta, as operações com o chamado dinheiro de plástico têm apresentado avanço expressivo: em 2013 foram mais de 4,49 bilhões de transações com cartão de crédito e 4,13 bilhões no cartão de débito.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), Luzia Rodrigues, o resultado é reflexo da maior comodidade e da segurança que os cartões oferecem nos dias de hoje. “O cheque é uma das modalidades de pagamento mais tradicionais e foi por muito tempo um dos líderes em negociações no comércio, na contratação de serviços e em compras de modo geral. O que aconteceu é que a agilidade e a praticidade possibilitadas pelo cartão fizeram com que a modalidade perdesse espaço para os meios eletrônicos de pagamento”, explica a economista.

O cheque vai desaparecer?

No entanto, apesar do forte declínio do número de transações com cheques, dados atuais do Banco Central sugerem que os cheques ainda terão vida longa, já que o valor médio de cada folha compensada quase dobrou nos últimos cinco anos.

Os especialistas do SPC Brasil observam que uma das mudanças mais importantes no comportamento do consumidor é que os cheques deixaram de ser usados para pagamentos de pequenos valores como era feito no passado, quando não havia outra opção além do dinheiro em espécie.

Hoje com os cartões de crédito e débito sendo aceitos na grande maioria dos estabelecimentos, os cheques acabam por ser utilizados de modo mais frequente, como forma de crédito e parcelamento para compras ou serviços de maior valor agregado que ultrapasse o limite dos cartões. Nessas situações, com prestações mais longas e o limite do cartão de crédito comprometido, o cheque é a opção mais adequada, afirma a economista Luiza Rodrigues.

Luiza Rodrigues ainda reforça que apesar de ser menos utilizado nos dias de hoje, o cheque não irá desaparecer como parte da cultura do brasileiro. Ela recorda que é bastante comum a utilização do cheque como “moeda paralela”, situação na qual o comerciante repassa o cheque que recebeu de um cliente para pagar um fornecedor.

Outro caso ainda, é que pequenos lojistas oferecem a opção de pagamentos em cheque para evitar despesas extras, como a taxa administrativa cobrada pelas operadoras das máquinas de cartão, que gira em torno de 6,5 % por cada transação.

“Nos grandes centros urbanos é muito mais comum usar cartão de débito e crédito, mas no interior do Brasil ainda há locais que não aceitam pagamentos eletrônicos e o cheque é utilizado mais usualmente”, afirma Luiza

Riscos e prevenção

Para que o recebimento em cheque se torne uma vantagem e não uma dor de cabeça, comerciantes e empresários devem tomar uma série de cuidados e precauções para evitar a alta da inadimplência, além da ação de estelionatários com fraudes. Receber um cheque sem fundo pode acarretar em prejuízos financeiros e em desperdício de tempo na tentativa de recuperar a venda.

Dados do Banco Central reforçam a necessidade dessa preocupação. Em março de 2014, pouco mais de 7% de todos os cheques emitidos no país foram devolvidos por insuficiência de fundos. Nos últimos 12 meses foram 6,3% - percentual maior do que há dez anos, quando a taxa estava em 5,3%.

Como este tipo de pagamento envolve riscos, como clonagem, roubos e até mesmo a ação deliberada de um consumidor mal intencionado, a maneira mais prática do lojista se prevenir é tendo todas as informações relevantes e histórico de utilização de cheques de quem o está emitindo.

E para ajudar os empresário neste desafio de vender com maior segurança e criar um cadastro de bons pagadores, o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) disponibiliza aos seus associados um serviço que informa sobre ocorrências de cheques sem fundos, sustados, roubados, cancelados ou extraviados: é o SPCheque Analítica.

Dentre os principais benefícios, produto traz mais segurança no recebimento com cheque, auxiliando na redução do índice de inadimplência e aumentando o leque de informações cadastrais disponíveis de quem o está emitindo.

“Aumentar a quantidade de informações sobre o cliente que quer pagar com cheque é a grande vantagem do SPCheque Analítica. Em casos que envolvam esse tipo de operação, é essencial observar o histórico de ocorrências na utilização desse tipo de pagamento, principalmente quando envolve um alto valor, o que aumente o risco, explica Silvia Cravo, gerente de Produtos e Inteligência de Mercado do SPC Brasil.

 

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