COMO SERÁ O ANO DA COPA E DAS ELEIÇÕES?

Com baixo crescimento, aumento da inflação, desvalorização cambial e juros em alta, o ano de 2013 acaba sem grandes resultados para a maioria dos setores da economia.

E o que esperar de 2014? Iniciaremos o ano com crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB), provavelmente em torno de 2,5%. Para voltarmos a sustentar um crescimento mais acelerado, o aumento da poupança interna e a qualificação da mão de obra serão fundamentais. Os investimentos em tecnologia e na infraestrutura do país, como em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias é crucial para o crescimento e desenvolvimento da economia.

Os estímulos não devem ser direcionados apenas ao consumo, por meio do crédito, mas diversificado e homogênea a todos os setores da economia. Esta é a saída em busca da sustentabilidade econômica.

A inflação continuará pressionada, exigindo altas adicionais da taxa básica de juros (Selic), que voltou a patamares de dois dígitos em 2013. Ainda mais com o impacto do aumento dos preços dos combustíveis que serão revistos pela Petrobrás, aumentando preços dos fretes e dos transportes.

O comércio de bens, serviços e turismo deve continuar crescendo mais acelerado que o PIB. Porém, enquanto não reduzirmos a carga tributária, os entraves aos negócios, melhorarmos a infraestrutura e qualificarmos a mão de obra, o resultado continuará sendo ruim.

Dois acontecimento será importantes, mas também deixarão grandes interrogações: a Copa do Mundo e as eleições. O cenário ainda gera dúvidas, mas certamente trará implicações econômicas relevantes e que podem construir oportunidades ou grandes ameaças ainda não mensuradas.

É importante avaliar agora os programas de concessões em infraestrutura que, em 2014, apresentarão importantes oportunidades de investimentos para o setor privado. Se as incertezas econômicas e políticas não comprometerem a resposta do setor privado, os projetos de infraestrutura poderão elevar a taxa de investimentos e melhorar as expectativas sobre o desempenho da economia brasileira.

O planejamento torna-se fundamenta, com pensamento no longo prazo e não no mero imediatismo, pois este atende poucas atividades e não sustenta uma economia pujante e que exige grandes investimentos e sustentação.

Uma nova estruturação econômica e da política de estímulos também é crucial, sempre pensando no crescimento sustentável e homogêneo entre os setores econômicos.


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