CAPACITAÇÃO E NOVAS PROFISSÕES

"A regra agora é APRENDER. Isso vale tanto para os experientes quanto para os que estão em início de carreira"

Tornou-se um desafio para os empresários encontrar profissionais qualificados que estejam dispostos a desenvolver novas habilidades e vivenciar as diferentes situações impostas pelo mercado. As empresas buscam candidatos pró-ativos, flexíveis, criativos e empreendedores, que tenham iniciativa, análise critica e, principalmente, vontade de aprender.
“O mercado atual exige do profissional uma formação multidisciplinar, para que seja capaz de compreender, produzir e compartilhar respostas em diferentes áreas de conhecimento. Afinal, o resultado de qualquer empresa é consequência das decisões tomadas por executivos de diversos setores”, afirma a coordenadora do curso de Administração da Faculdade Metodista Granbery, Karen Estefan Dutra. Segundo ela, quanto mais cedo o profissional se direcionar a outros conhecimentos e formas de abordagem, maiores são suas chances de ter uma carreira de sucesso.
Sendo assim, a mudança deve começar nas instituições de ensino básico e superior, que precisam reavaliar seus métodos, a fim de adequá-los a nova realidade do mercado. Para André Luiz Carvalho, do SENAC, ainda há muito o que se fazer. “O maior desafio não é promover um curso de capacitação e sim transformar a mentalidade dos jovens que estão entrando no mercado de trabalho. O processo fica mais fácil quando os alunos exercitam diversas áreas de conhecimento ao longo dos anos”. Mas, e aqueles profissionais que já estão no mercado de trabalho?
“A regra agora é aprender. Isso vale tanto para os profissionais experientes, quanto para os que estão em início de carreira”, afirma a professora Karen. Ou seja, nenhum profissional deve considerar seu processo de aprendizado finalizado. O desafio é aprender novas habilidades de acordo com as demandas do mercado. Contudo, neste momento, a maior dificuldade pode ser o tempo. Muitos profissionais não conseguem organizar seu tempo a fim de dedicar parte dele ao aprendizado. Para que o autodesenvolvimento seja um processo contínuo, é preciso avaliar as prioridades. Quem almeja um salário melhor ou quer uma promoção no trabalho, tem que se empenhar ao máximo para diversificar ou ampliar seu conhecimento. As áreas de gestão e tecnologia, presentes na maioria das empresas, são as grandes apostas do mercado. Contudo, ambas exigem um amplo conhecimento técnico e multidisciplinar, cuja aprendizagem precisa ser contínua e dinâmica.
A busca por capacitação não deve se restringir ao empregado. Os empresários também precisam atualizar seus conhecimentos. A nova realidade pede mudanças nos ambientes de trabalho que deixam de ser rígidos e hierarquizados, para se tornar mais auto-organizados e colaborativos.


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