O QUE ESPERAR DA ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013?

O que esperar da economia brasileira em 2013? Depois da tradicional queima de estoques no princípio do ano, o comércio dá início ao planejamento de ações para impulsionar as vendas em 2013. Mas o que esperar da economia brasileira neste ano?
Após o fraco desempenho de 2012, em que o nível de atividade econômica cresceu menos de 1%, espera-se que o PIB brasileiro retome o crescimento e feche o ano entre 3,0 e 3,5%. De acordo com a divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor de serviços será o maior responsável pela expansão do PIB em 2013, o que já aconteceu no ano passado, quando o setor contribuiu com 68% do PIB, seguido pelo comércio com 11%, aproximadamente.

INFLAÇÃO
Segundo um estudo, baseado na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, a expectativa de crescimento do comércio varejista para este ano é de 7,5%. Um ritmo moderado, porém considerado positivo se comparado com incremento das vendas em 2012 (8,4%). O fator, que irá comprovar ou não essa estimativa, será a queda do nível de inadimplência dos consumidores, esperada para o segundo semestre.
Em relação ao mercado de trabalho, espera-se que o mesmo mantenha o ritmo de 2012, gerando cerca de 1,7 milhões de novas oportunidades. Ainda de acordo com a pesquisa, o comércio se destacará neste quesito, sendo responsável por 26% do total de novos empregos.
Sem dúvida, a grande preocupação dos economistas brasileiros neste ano será a inflação, que promete ser a maior dos últimos anos, com valores entre 5,5% a 6%. O fim das desonerações tributárias sobre os preços dos bens duráveis, junto com o reajuste do preço dos combustíveis e a desoneração do custo da energia elétrica podem justificar esse aumento. Para a CNC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará entre 5,0 e 5,5%.
De acordo com o economista Lourival Batista Oliveira Jr., o controle da inflação precisa ser revisto, pois ações pontuais não vão resolver o problema. “O governo brasileiro está ‘tampando o sol com a peneira’. Não adianta desonerar as folhas de pagamento de um lado e criar ou aumentar impostos de outro. O que precisa ser feito é diminuir o ‘Custo Brasil’, investindo pesado em pesquisas para o desenvolvimento de técnicas e equipamentos mais eficientes. Reduzir os custos com a logística, além de estratégico, é crucial para diminuir os custos da produção brasileira, tornando seus produtos mais competitivos tanto no mercado interno quanto no mercado externo”, conclui.


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