ANO 13: reflexação

Muitas histórias cercam de misticismo o número 13. A mais aceita dentre todas as explicações para a significação especial que algumas pessoas dão a esse número é a cristã.

Segundo o Novo Testamento, na Última Ceia Jesus Cristo estava junto com os seus apóstolos. Contando todas as pessoas presentes na ceia, havia 13 indivíduos. Por ter entregado Jesus aos romanos, muitos consideram Judas o 13º apóstolo. Como Jesus morreu em uma sexta-feira (a Sexta-feira da Paixão), as pessoas associaram o número 13 e à sexta-feira a algo ruim, trágico, ligado à morte. Há culturas, entretanto, que mantêm outro tipo de relação com o número 13. Na Índia, o 13 é um número sagrado, enquanto na China o número 13 está relacionado a coisas místicas positivas.
Essas relações supersticiosas, embora precisem ser respeitadas, muitas vezes impedem as ações transformadoras. Sem ações, os objetivos não se concretizam, por isso há pessoas que vivem apenas de esperança, esquecidas de que aquilo que para elas é apenas desejo para outros é a preocupação que impulsiona as ações. É nesse contexto que toma forma uma nova visão gerencial: a de que “é necessária uma efetiva contribuição para transformar a sociedade e de que espiritualidade e bem comum podem estar lado a lado com a lucratividade.” Prova disso é a nova geração de governantes, empresários e profissionais liberais que modificaram a configuração de pobreza que existia no Nordeste há mais ou menos vinte anos. Esse Nordeste cujo PIB cresce mais que o PIB brasileiro, algo antes difícil de se imaginar. Esse Nordeste que abriga um estado da envergadura do Ceará cujos habitantes têm experimentado a sensação de não mais precisarem migrar para o Sul e Sudeste em busca de oportunidades, porque estas hoje estão aqui, construídas por uma política de desenvolvimento que prioriza a educação e desenvolve a cidadania. É certo que ainda há um alto grau de concentração de riquezas, equação que exige reflexão e ação, sobretudo ação que imponha certa celeridade à ampliação de escolas e creches, à construção de hospitais, dentre outras. Isso exige gente preocupada com o bem-estar do povo. Preocupação demonstrada, por exemplo, pelo governador do nosso estado, ao criar uma assessoria especial para o combate às drogas, esse problema social que é o principal responsável pelos altos índices de violência urbana.
Que 2013 marque pelo aumento da preocupação com o homem e pelas ações que dele cuidarão. Que a mítica do azar para uns e da sorte para outros fique apenas no terreno da superstição, porque a sorte é fruto do trabalho e das escolhas de cada um de nós. O resto nada mais é do que dificuldade que “tempera” a conquista dos objetivos.
Tomo emprestadas as palavras de Gonzaguinha, para sugerir aos leitores que vivam sem vergonha de serem felizes. Preocupem-se consigo e com o próximo, reflitam e ajam fazendo mais e melhor do que jamais fizeram até mesmo as atividades mais corriqueiras.
E que nos venha um 2013 repleto de realizações!
Por Honório Pinheiro
Presidente da Federação das Câmaras de
Dirigentes Lojistas do Ceará.
Revista Dirigente Lojista


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