SUSTENTABILIDADE MPEs atentas aos diferenciais da sustentabilidade

A utilização consciente dos recursos naturais é tema fortemente explorado atualmente e exige o envolvimento direto de todos. Adultos e crianças, empresários de grandes e pequenas empresas, colaboradores e consumidores, devem atentar para as sérias consequências de suas escolhas cotidianas.
O emprego racional e planejado da energia em casas, prestação de serviços, indústria, comércio, empresas e na agropecuária não é meramente aderir a um discurso de ambientalistas, e nem medida apenas para garantir a qualidade de vida para as próximas gerações. Mesmo que significativos, esses argumentos são insuficientes. A energia é, sobretudo, insumo para a produção e o desenvolvimento nacional. As consequências de seu uso eficiente refletem-se diretamente na economia do País. A antiga cultura de utilização dos recursos naturais e os atuais modelos econômicos, além do crescimento da população, têm acelerado o processo de esgotamento de recursos renováveis. Diante desse cenário, o mundo presencia fortemente a emergência de práticas para reduzir a agressão ao meio ambiente e de desenvolvimento de tecnologias limpas. Entende-se hoje que não só os produtos e serviços competitivos são os ambientalmente corretos, mas a própria imagem de uma organização é considerada de acordo com a sua ecoeficiência.
Nesse contexto, uma recente pesquisa aplicada pelo Sebrae Nacional, com a finalidade de avaliar a percepção dos empresários de micro e pequenas empresas sobre sustentabilidade e as formas como o segmento absorve as novas dinâmicas de mercado, apontou que 80% das MPEs realizam ao menos o controle do consumo de energia. A pesquisa revelou ainda que os entrevistados entendem que a sustentabilidade está diretamente associada às questões sociais e de meio-ambiente. Na prática, as vantagens são percebidas rapidamente, e os resultados mensurados são de que há geração de ganhos pela redução de custo e aumento da competitividade.
Para quem se interessa em investir em processos ecoeficientes, o Sebrae dispõem de cartilhas e uma assessoria completa. Mas, no dia a dia, algumas práticas simples podem ser adotadas, como a redução de desperdício de matéria-prima, a racionalização do uso de água, de energia, geração de menos lixo, menos poluição, mais produtividade. Alguns dos principais desafios são relacionados à cultura e à informação, sendo importante mudar a perspectiva de que o tema não diz respeito só à necessidade global, mas é critério de competitividade. O diagnóstico realizado pelo Sebrae-MG aponta que outros desafios são o acesso aos conhecimentos técnicos, avaliação do ciclo de vida dos produtos, gerenciamento de resíduos, relação satisfatória com clientes e avaliação sistemática de fornecedores também são importantes.
Superadas as etapas iniciais, constatam-se o crescimento das oportunidades e o acesso a novos mercados; a flexibilidade de adaptação a uma gestão sustentável, por possuir estruturas gerenciais simples; bem como espaços propícios à inovação.
A demanda por produtos e serviços sustentáveis e a emergência de uma cultura ecoeficiente crescem vertiginosamente. A economia sustentável fortalece as micro e pequenas empresas e as torna mais competitivas. Esta lógica permite uma maior participação do segmento no PIB e no desenvolvimento nacional.


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