Consumerização Você está preparado para ela?

Século 21, e muitas mudanças e inovações chegaram. Ok, disso já sabemos. O que resta entender é se estamos preparados para tais transformações. É claro, que não somos ‘obrigados’ a aderir às novidades, mas e se ao as recusarmos, fi carmos para trás? Este é um risco que corremos, portanto é necessário analisar bem, todos os prós e contras destas constantes variações, no que diz respeito aos métodos indicados para administrar sua empresa.

Consumerização é o assunto da vez. Você sabe o que é, para que serve, como se faz, quais são as vantagens, etc.? Não? Caro lojista, não fi que de fora, acompanhe o progresso e absorva as informações para que você possa decidir o que é melhor para sua empresa. Para isso, a Dirigente Lojista ouviu alguns especialistas no assunto, e preparou uma matéria sobre a consumerização, e trouxe uma breve entrevista com um especialista no assunto.
"João Moretti, diretor geral da MobilePeople – empresa especializada em soluções móveis corporativas, explica um pouco mais sobre o assunto. “Os smartphones e os tablets acompanham as pessoas em todos os lugares, inclusive no trabalho. E há ainda quem utilize o aparelho pessoal para trabalhar, e isso tem um nome: consumerização de TI. As pessoas têm cada vez mais acesso as novas tecnologias e é comum que queiram aproveitar estas novidades para agilizar todas as suas atividades, inclusive trabalhar. É um movimento que cresce a cada dia no Brasil e no Mundo, onde os funcionários de empresas acabam utilizando cada vez mais seus dispositivos pessoais (notebooks, smartphones, tablets...) para o uso em seu trabalho e dentro das próprias empresas.”
Esta ‘atitude’, a consumerização, está avançando cada vez mais e até ganhou as siglas BYOD, que significa Bring Your Own Device, em inglês, que seria algo como ‘traga o seu equipamento pessoal’. Segundo João, não se pode pre- cisar quando exatamente isso teve início, ou até mesmo se sempre existiu de forma mais velada por conta dos adeptos deste movimen- to. Para ele, desde que a facilidade em comprar esses equipamentos aumentou, veio o interesse de usar o que poderia ser um equipamento apenas de uso doméstico, para o uso profissional também. “A consumerização na prática, já ocorre quando o empregado configura na sua máquina, PDA ou smartphone, um simples e-mail corporativo. A partir de então, ele passa a usar seu aparelho pessoal para assuntos do trabalho. Deste simples exemplo, que eu acabo de citar, ele pode editar uma planilha de Excel no seu notebook pessoal e usar para alguma coisa de sua empresa também.” Por mais incrível que sejam os resultados da consumerização nas empresas, é preciso tomar muito cui- dado, tanto com o empreendimento, quanto com seus funcionários. Moretti conta que um estudo re- alizado pela Dimensional Research, encomendado pela Dell KACE, ouviu 750 profissionais de TI, gerentes e executivos, mostrou que 87% dos entrevistados dizem que seus cola- boradores usam dispositivos pesso- ais para fins profissionais, que vão desde o acesso a e-mail até o CRM e o ERP. Já 80% dos funcionários usam smartphones pessoais e 69% afir- mam que PCs pessoais são levados para o trabalho pelos funcionários.
Os números são bastante expressivos e não tem como ignorar a consumeriza- ção. Ainda assim, 64% dos entrevistados para o estudo revelaram não saber exa- tamente quantos dispositivos pessoais e aplicativos estão conectados à rede da companhia. E ainda pior, 62% relatam que a empresa não tem as ferramentas necessárias para oferecer suporte aos dispositivos pessoais de funcionários. Os números são bastante expressivos e não tem como ignorar a consumeriza- ção. Ainda assim, 64% dos entrevistados para o estudo revelaram não saber exa- tamente quantos dispositivos pessoais e aplicativos estão conectados à rede da companhia. E ainda pior, 62% relatam que a empresa não tem as ferramentas necessárias para oferecer suporte aos dispositivos pessoais de funcionários.
“Com estes dados já dá para perceber que o primeiro cuidado deve ser com a segurança da informação. Já ouviu aquela frase: ‘se não pode com eles, junte-se a eles”? Acredito que a consumerização deve ser vista dessa forma. As empresas devem buscar sempre oferecer segurança para que o funcionário use os seus aparelhos. O notebook, ou qualquer outro device, que venha a ter acesso a uma rede corporativa deve passar por algumas políticas de segurança, para que sejam evitados danos para a empresa. Esses danos podem ir desde uma informação sigilosa, que não poderia sair da empresa e saiu através de uma falta de gestão desses dados, como também a contaminação de um vírus na rede da empresa, que pode causar grandes prejuízos se esse computador não possuir a devida segurança pra acessar o ambiente corporativo o qual estamos nos referindo.”
De acordo com o Noticiário Onli- ne, diário e atualizado sobre negó- cios em TI (www.tiinside.com.br) , “executivos brasileiros apontam que o uso de aparelhos pessoais no local de trabalho para fins comerciais é de 97% – maior do que em muitos pa- íses europeus e nos Estados Unidos, com 89%. Globalmente, 91% das empresas no universo pesquisado já permitem qualquer equipamento e/ ou possuem uma lista de dispositi- vos aprovados, ou mesmo fornecem tablets para seus funcionários. A justificativa para essa libera- ção, segundo a maioria dos execu- tivos participantes (58%), é que os aparelhos difundem a habilidade dos seus funcionários trabalharem de qualquer local, seguido pelo fato dos funcionários estarem mais dis- postos a trabalhar após o expediente (42%). ‘Para os líderes empresariais, a consumerização da TI tem menos a ver com o consumidor e mais com a maneira como os funcionários tra- balham’, destaca Hamilton Berteli, CTO da Avanade no Brasil. ‘Nossa pesquisa demonstra que a produti- vidade e o acesso de qualquer lugar são mais bem avaliados pelos exe- cutivos’, completa.” Outra dúvida frequente é em relação à produtividade do empregado. O receio consiste em saber se o uso de aparelhos pessoais no trabalho pode deixar o funcionário disperso, fazendo com que seu desempenho profissional caia. O uso dos aparelhos para fins pessoais durante o horário de trabalho leva muita preocupação ao empresário. Moretti afirma que a falta de tecnologias atualizadas das empresas, também pode prejudicar seu próprio lucro e crescimento, como diz uma pesquisa realizada pela Maritz Research, que indica que cerca de 65% dos entrevistados garantiram que perdem pelo menos uma hora por semana de produtividade devido a tecnologias defasadas nas empresas. A pesquisa foi realizada com gestores de TI e funcionários com alta afinidade com a tecnologia, de empresas nos Estados Unidos e Inglaterra.
 
João Moretti Diretor geral da MobilePeople


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