INADIMPLÊNCIA VOLTA A CRESCER

De acordo com SCPC, índice aumentou mais de 5% em 2011.

De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a inadimplência do consumidor aumentou 5,34% em 2011. O resultado é o oposto dos números de 2009 e 2010, que estavam em baixa.

O resultado de 2011 decorre de onze elevações consecutivas da taxa durante o ano, levando-se em comparação o confronto com os mesmos meses de 2010. A última alta registrada ocorreu em dezembro, quando houve expansão de 2,29% sobre os resultados do último mês de 2010.
Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, a inadimplência mais alta em 2011 é resultado da instabilidade econômica provocada pela crise financeira internacional e as consequências que ela gerou no humor nas economias, como a perda da confiança de empresários e consumidores.
Além disso, avaliam o dirigente lojista, o equívoco na condução da política monetária nos primeiros meses do ano, com cinco elevações consecutivas na taxa básica de juros, foi preponderante para consolidar um quadro de maior endividamento das famílias, em função do custo mais caro do crédito e do estancamento das linhas de financiamento de longo prazo. "Tivemos juros mais altos e inflação persistente durante todo o ano, e isso gerou um impacto significativo no poder de compra do brasileiro", disse.
Recuperação de crédito
No que se refere aos cancelamentos de registros, que dão medida ao nível de recuperação de crédito no varejo, o resultado do ano também foi mais tímido em 2011, com alta de 4,94%. Um ano antes, esse índice havia variado positivamente em 5,69%.
Assim como o quadro de vendas a prazo, espera-se uma melhora desses dados em 2012, uma vez que os últimos dados disponíveis mostraram uma elevação tanto na comparação entre dezembro e novembro, com alta de 10,7%, quanto no confronto dezembro-dezembro, com 1,26%.
"Em 2011, houve uma alta dos índices de recuperação de crédito e de inadimplência. Em geral, quando há alta de um, há queda do outro. Não foi o que aconteceu neste ano, mas esperamos que em 2012 esse movimento volte a ocorrer, com recuperações em alta e inadimplência em desaceleração", disse.


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