COMEÇOU A COPÁ

A bola ainda não rolou nos gramados, mas muitos já pensam em ganhar dinheiro e crescer com os megaeventos esportivos de 2013 e 2014.

Não olhe agora, mas, do seu lado, alguém já pensa grande com a Copa do Mundo de Futebol no Brasil. A bola só vai rolar em junho de 2014, quando, espera-se, haverá, pelo menos, 600 mil turistas estrangeiros no país. Há inúmeros problemas a serem resolvidos. E não se sabe, ainda, para qual das 12 cidades-sede irá cada uma das seleções e seus inúmeros fãs.
Não importa. Pouca gente duvida que o evento traz uma oportunidade de ouro para o país e, sobretudo, para as milhares de empresas que enxergam no evento a chance de crescer. Ou para os outros milhares de empreendedores que sonham com o negócio próprio e também têm motivos para pôr olho grande no torneio.
Veja o caso de Leonardo Neves, sócio da JN2, criadora de softwares e soluções tecnológicas voltadas ao comércio eletrônico. A empresa está preparando um novo produto. É o Check-in, destinado a hotéis, pousadas e pensões. O software (na verdade, mais do que isso, já que vai incorporar um portal na internet) bebe em fontes já existentes, como o consagrado Booking.com. A diferença é que o Check-in priorizará as pequenas e médias empresas. “Há cerca de 20 mil estabelecimentos do ramo no Brasil, e quase 80% deles não têm grande porte”, diz Neves. São hotéis e, sobretudo, pousadas com menos de 50 acomodações e que, hoje, têm dificuldade de arcar com os custos de um grande sistema.
É aí que entra o novo software. Nele, o turista poderá consultar uma gama enorme de estabelecimentos onde se hospedar. Os hotéis e pousadas, por sua vez, centralizarão todas as informações necessárias no site. “Eles não têm capital para montar uma estrutura de ponta, e vamos oferecer uma com ganho de escala”, diz Neves. O contexto dos jogos esportivos de 2013 e 2014 ajuda bem. O Ministério do Turismo, por exemplo, estima que serão criados, pelo menos, 10 mil novos hotéis no país depois da Copa – um invejável crescimento de 50% sobre os atuais 20.000 estabelecimentos.
O turismo é apenas um dos segmentos beneficiados com o evento. Mas há muito mais. Uma pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido do Sebrae, traçou um mapa de oportunidades de negócios a serem explorados, em nove setores econômicos, antes, durante e depois da Copa. A boa notícia para os mineiros – em especial, para quem mora na Grande BH – é que a cidade lidera em número de empreendimentos: são 699, para todo tipo de empreendedor.
Além de BH, participaram do levantamento outras 11 cidades-sede da Copa-2014, entre elas: Rio, São Paulo, Porto Alegre e Salvador. Em todas, foram mapeadas 929 atividades. Ou seja, a capital mineira mostrou-se apta em 75% delas.
 
Matéria da Revista “Passo a Passo” do Sebrae-MG, Ano XVII, n°137, Dezembro/Janeiro , 2011/2012, pág. 6 e 7.


Voltar

Navegação