UM NATAL GORDO E CRIATIVO!

Lojistas otimistas aPostam em estratégias Para anteciPar o consumo de artigos nataLinos

BOA VITRINE
• Ter o preço dos produtos
• Reutilizar materiais
• Saber qual mensagem se quer transmitir
• Ser criativa e inovador
• Explorar a qualidade do produto
TÁ POR FORA...
• Excesso de cores e extravagâncias
• Deixar fios, fitas e colagens aparecerem
• Ficar na mesmice
• Vitrine atraente, mas atendimento péssimo
•Falta de informação quanto às tendências
 
Nem chegou dezembro e as luzes do Natal já começam a iluminar Belo Horizonte. Muitas árvores da cidade já estão enfeitadas e, nos shoppings, o bom e velho Papai Noel dá o ar de sua graça. Na melhor data do ano para o comércio, os lojistas devem abusar da criatividade para confirmar em vendas o otimismo na agenda natalina. Nada menos do que 88,5% dos lojistas esperam vendas melhores do que as de 2010, segundo pesquisa do departamento de economia da Fecomércio Minas.
Na busca para se destacar, vitrines temáticas atrativas e interativas lideram o ranking de possíveis diferenciais, segundo 23,2% dos lojistas. A designer de ambiente Thaíse Fernanda Batista explica a preocupação. “A concorrência está acirrada, temos um consumidor exigente e todos estão vendendo o mesmo produto. A grande sacada é o lojista conhecer bem seu público-alvo. Assim, ele saberá quais são os fatores que vão levar essas pessoas a se interessarem pelo produto”, afirma.
Andando pelas calçadas, os consumidores são atraídos por aquilo que é criativo e inovador. Não há uma receita de bolo, já que uma vitrine não vende sozinha. É preciso coerência: visual atrativo, bom atendimento, modernidade e eficácia. E os lojistas parecem saber disso: 24,7% prezam pela qualidade das mercadorias comercializadas e 17,5% pela maior variedade de itens ofertados, conforme aponta a sondagem da expectativa dos empresários para o Natal. Contudo, é necessário considerar que a vitrine é, sim, o cartão de visitas da loja. “O intuito é transformar os símbolos característicos da data, já banalizados ao longo dos anos, em novas personalidades. Usar as bolinhas natalinas com material sustentável é uma aposta diferente e que chama a atenção”, destaca a vitrinista e designer.
Os lojistas devem aproveitar o otimismo (as estimativas de crescimento das vendas variam de 10% a 20%, segundo 30,5% dos entrevistados) para destacar os produtos na faixa do alcance dos olhos do observador; valorizar os produtos retirando-os da exposição crua no chão da vitrine; criar foco de destaque com a utilização de iluminação de realce; renovar, constantemente, os produtos expostos, despertando a atenção e curiosidade dos clientes. “Ter cuidado com o acabamento da vitrine também é muito importante. Fios aparecendo, revestimento descolando, durex e fitas à mostra, sujeira e lixo acabam com qualquer interesse do consumidor”, aponta. cautela?
Para 84,1% dos lojistas a preparação para o Natal começa em novembro. Crédito, emprego, motivos de sobra para comemorar e a confiança no futuro são os ingredientes que os deixam tão otimistas. Mas e o consumidor? Prudência também integra o quadro natalino deste ano e a gerente do departamento de economia da Fecomércio Minas, Silvânia Araújo, afirma já que existem os efeitos psicológicos gerados pelo cenário de crise. “As estimativas são resultados de vendas positivos, mas, também, moderados”, garante. De acordo com Silvânia Araújo, os condicionantes negativos são os consumidores mais endividados. A sondagem mostra que 33,5% das pessoas têm dívidas. Além disso, os juros mais elevados, frente a 2010, com 16,8%, são um agravante. “De modo geral, há um quadro que, além do otimismo, ressalta uma preocupação no que se refere às variáveis macroeconômicas”, evidencia a economista. Apesar disso, o facilitador cartão de crédito anima a população belo-horizontina e é, novamente, o líder das preferências, segundo 51,5% dos entrevistados. “Por isso, a expectativa é que o Natal não seja de lembrancinhas, mas de oportunidades para todos que ofereçam produtos de qualidade, com diferentes preços e um diferencial, alavanca para o sucesso”, conclui Silvânia.
Por Wanessa vieGas


Voltar

Navegação