Planejar para crescer...

Sondagem de Opinião, referente ao Orçamento Doméstico do Consumidor de BH, aponta o planejamento como prioridade

Planejamento dos gastos, tendo em vista a estabilidade financeira, é a meta do consumidor de Belo Horizonte, segundo Pesquisa do Orçamento Doméstico, referente ao mês de julho de 2011. De acordo com a Sondagem, realizada pelo Departamento de Economia da Fecomércio Minas, 86,3% das pessoas entrevistadas buscam planejar suas compras, a fim de evitar um futuro endividamento. O percentual é um indicativo positivo, uma vez que demonstra o conhecimento da importância do ato de planejar para o equilíbrio financeiro, crescimento e um futuro tranquilo, especialmente nesta conjuntura de crédito facilitado e juros elevados. A porcentagem de consumidores que seguem rigidamente o planejamento de gastos subiu consideravelmente em relação à sondagem anterior, passando de 29,8% para 41,8%.
“As pessoas estão mais atentas ao equilíbrio orçamentário. A piora da conjuntura econômica internacional e possíveis riscos de contaminação na economia brasileira, como ocorrida em 2008, podem ter afetado o comportamento das pessoas”, afirmou a coordenadora do Departamento de Economia da Fecomércio Minas, Silvânia Araújo. Mas, apesar do planejamento, há muitos que ainda realizam compras por impulso, seja pelo fácil acesso ao crédito, pelas promoções de ocasião, ou mesmo pela força das datas comemorativas. A sondagem registrou 49,2% de consumidores impulsivos na hora da compra, o que cria uma lacuna entre a intenção de planejar o orçamento doméstico e a ação, de fato.
Motivo do índice alto de compras por impulso continua sendo o cartão de crédito, líder absoluto dos compromissos financeiros, com 60,3% de aprovação, distante das outras formas de pagamento. No uso do cartão, a opção pelo parcelamento é a maneira predileta dos entrevistados, atingindo o patamar de 63,5%. Segundo pesquisa, 86,1% das pessoas pagariam à vista, dinheiro ou cartão de débito, caso fosse oferecido um desconto. “Esse é um indicativo importante para os empresários dispostos a fortalecer seu caixa, fugir do peso das taxas de administração dos cartões e criar vantagens competitivas frente à concorrência”, apontou a economista Silvânia Araújo.
As despesas correntes que mais pesam no bolso do consumidor são gastos com energia elétrica (30,9%), água (22,7%), alimentação/supermercados (15%) e telefonia fixa (12,3%). Como forma de gerenciar o desequilíbrio orçamentário e cobrir as despesas, as pessoas optam pelo corte dos itens considerados supérfluos, de acordo com 42,7% dos entrevistados. Nota-se, ainda, que o grupo de pessoas que adota a atitude de deixar de pagar uma conta situa em 11,4%, patamar bem menor do que os 24,7% da última sondagem. O recuo, conforme opinião de Silvânia Araújo, é saudável. “O empresário do comércio deve estar atento às atitudes conscientes das pessoas”.


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