O IDEAL É SE TORNAR UM EMPRESÁRIO EMPREENDEDOR

Empresário e empreendedor são expressões utilizadas rotineiramente como sinônimos. Entretanto, a primeira sugere algo mais amplo que a segunda, ou seja, todo empresário deve ser empreendedor, mas nem todo empreendedor necessariamente é um empresário.  Para ser um empreendedor não há necessidade de se abrir uma empresa, qualquer pessoa, independentemente do campo que eventualmente atue, pode revelar traços característicos do perfil de um empreendedor.

Um médico, uma secretária, um advogado, um produtor rural, um professor, podem ser empreendedores na medida em que se sobressaiam pela capacidade de reunir em torno de si, na prática de suas respectivas atividades, uma série de atributos pessoais que os definam como tal. 
Empreendedores geralmente são criativos, dinâmicos, otimistas, persistentes, arrojados, diligentes, autoconfiantes; com elevado senso de oportunidade e foco, sabem calcular e minimizar riscos, são apaixonados pelo que fazem, possuem disposição para tirarem lições de situações adversas; para liderar e inovar, enfim, possuem esses requisitos recomendáveis também a todo aquele que pretenda ser um bom empresário.
Um empreendimento pode, ainda, traduzir-se apenas em uma iniciativa transitória, delimitada pelo tempo de duração e pelo objetivo, de modo que, conseguido o resultado almejado, não haja mais razão para continuar com o projeto, como é o caso dos consórcios para realização de obras ou eventos.
Uma empresa é uma organização com senso de permanência, composta de recursos humanos, técnicos e financeiros, reunidos para produzirem e/ou comercializarem bens e/ou serviços, orientada para atender às necessidades da comunidade onde se encontra inserida. Nesse propósito, aliás, está implícita a ideia de crescer, sustentar-se e obter lucro, ou seja, é próprio da atividade empresarial ter uma missão, uma visão prospectiva, valores, princípios, cultura, enfim, um elenco de itens intangíveis, além de uma estratégia que definirão a sua trajetória no futuro.
Portanto, o ideal é que estejam reunidas na pessoa do empresário também as qualidades de um bom empreendedor. Essas características serão de grande valia para assegurar o crescimento e a sustentabilidade do seu negócio, notadamente em um cenário competitivo como atual, onde a concorrência se instaura em nível global. Nesse palco é preciso, sim, ser, além de empresário, um empreendedor para tornar factíveis as boas ideias não somente com a criação da empresa, mas para renová-la quando necessário, para garimpar bem as oportunidades que surgirão durante a sua existência, mensurar e fazer a assunção dos riscos com habilidade, colocar em prática projetos inovadores, enfim, enfrentar com destemor os percalços para fazer as coisas acontecerem. 
Tudo isso, evidentemente, sem perder de vista a necessidade de administrar adequadamente, cumprir compromissos e gerir os destinos da empresa de maneira consonante com a sua missão, ou a razão de sua existência, contemplando, nesse propósito, a iniciativa de transmitir seus valores a funcionários, clientes, fornecedores e a toda a sociedade.
Portanto, essas duas figuras, não obstante as distinções conceituais que se possa fazer entre ambas, devem estar presentes e conectadas nessa pessoa que a legislação brasileira define como aquele que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção de bens e serviços” (conceituação de empresário: artigo 966, do Código Civil Brasileiro).


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