Mulheres conquistam mercado de trabalho, tanto como empreendedoras, quanto consumidoras

As mulheres estão se destacando em ambientes profissionais onde os homens são maioria. Elas fazem dos desafios, oportunidades, e utilizam como vantagens competitivas algumas habilidades femininas, mas lembram que ainda é preciso avançar em questões como a equiparação salarial.

Há aproximadamente 15 anos, as mulheres ganhavam aproximadamente 30% do salário de um homem na mesma função. Atualmente, este percentual já chega a 70%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tendência é que em um espaço de tempo muito menor aconteça a isonomia e, em seguida, uma inversão nos percentuais.

Na região Sudeste do Brasil, a maioria das mulheres trabalha em serviços domésticos (17,9%) e educação, saúde e serviços sociais (17,8%). O comércio e reparação ocupam o 3º lugar com 16,5% e posteriormente, as mulheres ocupam a indústria (14,2%). 42,2% das mulheres brasileiras vêm encontrando seu nicho de trabalho no mercado informal na região sudeste, segundo o IBGE.

Esta transformação nos padrões de renda femininos está criando novos hábitos de consumo e modificando antigos paradigmas. Com o poder de compra mais elevado, as mulheres investem cada vez mais em qualificação, estudo, lazer e produtos de consumo variados.

De acordo com a última pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), dos 18,8 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência no Brasil, 53% são mulheres e 47% homens.

Em 2009, além do Brasil, apenas outros dois países registraram taxas de empreendedorismo feminino mais elevadas que as dos homens: Tonga, com 61%, e Guatemala, com 54%. Já as brasileiras estão praticando um empreendedorismo cada vez mais planejado e consistente. O mesmo estudo constatou que dos empreendedores por oportunidades, 53,4$ são mulheres e 46,6% são homens.

O comércio eletrônico brasileiro, que desponta a cada ano com números cada vez mais altos, também começa a apresentar uma peculiaridade com a participação das mulheres que empreendem, e as que gastam no segmento.

De acordo com a Maxihost, especializada no comércio de lojas virtuais, o crescimento do número de mulheres empreendedoras nos últimos 3 anos tem alcançado cerca de 30% ao ano. Atualmente, elas representam quase 50% das donas das mais de 3 mil lojas virtuais vendidas.

E como consumidoras vorazes, elas também não ficam atrás. É o caso das compras coletivas, o novo fenômeno da internet. Estima-se que 8 milhões de brasileiros já se cadastraram nesse tipo de site, a maioria esmagadora desse público é composto por mulheres. Elas representam cerca de 80% dos mais de 5 milhões de cupons que esse comércio emitiu desde que chegou ao Brasil, a menos de um ano, segundo o site Magote.com.


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