Custo do cartão tem redução de 42% para empresários

Pesquisa mostra que, após seis meses do fim da exclusividade das bandeiras, empresas já colhem benefícios e prometem repassá-los ao consumidor. 

 
O Departamento de Economia da Fecomércio Minas realizou pesquisa com empresários do comércio de Belo Horizonte para captar as impressões sobre o mercado de cartões, seis meses após o fim da exclusividade das bandeiras nas maquinetas.
Para 78% dos entrevistados, com o novo formato de unificação das maquinetas, as empresas conseguiram reduzir os custos, renegociando as taxas praticadas. O valor cobrado
pelo aluguel do equipamento caiu para 75,5% dos entrevistados. Essa diminuição média foi da ordem de 42% no valor.
Também a tarifa de cartão de crédito ficou mais barata para 76,9% dos empresários e alcançou um desconto médio de 29%. Já para o cartão de débito, a redução atingiu 74,5% das empresas, com queda média de 34% no valor. Em relação à taxa de conectividade, 63,6% afirmaram que também houve economia que, na média, alcançou 29% do valor. As empresas pretendem compensar os consumidores, oferecendo condições de financiamento ou parcelamento mais atrativas.
Após a negociação, os dois principais benefícios oferecidos pelas credenciadoras foram: taxas menores de aluguel (58,7%) e melhores condições de pagamento para a loja (21,7%). A importância desse resultado fica ainda mais clara quando a pesquisa questiona sobre os meios de pagamento utilizados nas empresas durante o período do Natal 2010. Segundo 79,4% dos empresários, os clientes usaram o cartão de crédito, enquanto o pagamento com cartão de débito ou dinheiro foi realizado por 20,3% dos consumidores. Apenas 0,3% dos compradores pagaram com cheque pré-datado. Segundo a pesquisa, que ouviu 300 empresários do comércio em todas as regiões de Belo Horizonte, no ano de 2010 o custo médio mensal por maquineta foi de R$ 57,08 no cartão de crédito e R$ 44,36 no cartão de débito. Os principais motivos apontados para escolher a credenciadora foi, em primeiro lugar, o valor cobrado pelas maquinetas (conhecidas como POS) com 36,4% das respostas, seguido pelas taxas cobradas nas operações com cartão de débito (23,6%) e crédito (20%).
Cerca de 65% dos entrevistados declararam já ter negociado com alguma credenciadora após a entrada em vigor do fim da exclusividade nas maquinetas, ocorrida em julho de 2010. Fonte: Fecomércio Minas/DE
Quem ainda não negociou
Em relação ao terço de comerciantes que ainda não negociou com as empresas para unificar as operações em uma credenciadora, 39,7% dizem que estão analisando as propostas; 20,6% temem perder venda porque não confiam que o sistema da credenciadora vai funcionar a contento; 17,5% ainda querem esperar um pouco mais para consolidar essa plataforma única; e 12,7% desejam operar com mais de uma credenciadora, independente do custo.
Vantagens x desvantagens
As principais vantagens de operar com cartões de crédito ou débito, segundo os empresários entrevistados, são a segurança (38,8%), a agilidade na venda (29,7%) e a menor inadimplência (23%). As desvantagens declaradas são o custo das maquinetas (52,5%), o tempo de recebimento do pagamento (24,2%) e os juros cobrados (5,4%).


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