Aceite de cheque cai quase pela metade em apenas 10 meses

Pesquisa aponta a queda, que tem como motivo principal evitar o não recebimento das vendas


Cheques sem Fundos/Cheques a Prazo

 

 

 

 

 

A resistência ao cheque por parte dos lojistas fica cada vez mais evidente. De acordo com a sondagem Balanço do Crédito do Comércio Lojista de Belo Horizonte, realizada pelo Departamento de Economia da Fecomércio Minas relativa ao mês de dezembro, do total das empresas pesquisadas, apenas 27% trabalham com cheques, ante os 32% da sondagem anterior e bem abaixo do patamar de 45% de fevereiro de 2010. Para a economista Silvânia Araújo, isso comprova a perda de participação desse meio de pagamento nas transações comerciais. “Não quer dizer que as empresas não operem crédito, mas sim, que estão utilizando mais outras formas de pagamento, principalmente os cartões de crédito”, destacou.

O Balanço do Crédito também apurou que, em dezembro de 2010, houve novo aumento na participação dos meios eletrônicos no total das operações financiadas. Os cartões de crédito, com 69%, juntamente com os cartões próprios das lojas (4%), dominaram as vendas a prazo, com participação de 73% do total de operações realizadas. Conforme Silvânia Araújo, “o estímulo se dá pela facilidade e conveniência do acesso, aliado ao apelo do pagamento parcelado sem juros, que vai ao encontro dos interesses das pessoas e do mercado”, afirmou.
A sondagem identificou ainda que a mediana de Cheques Sem Fundos, que ficou em 3%, recuou em relação à sondagem anterior, que estava em 8%, atingindo patamar idêntico no mesmo período de 2009. Entre os comerciantes entrevistados, a maior parte (54%) declara não aceitar cheques como forma de evitar o não recebimento das vendas. Esta ação vem liderando em todas as sondagens realizadas, seguida por aqueles que utilizam um cadastro próprio de clientes (18%).
 
 


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