ACE/CDL realizam palestra sobre a importância do cooperativismo para o comércio

Em Unaí, que abriga algumas das maiores cooperativas do estado, o setor de crédito contabilizou mais de R$ 28 milhões em sobras, que foram distribuídas para os cooperados, fomentando o comércio do município

Em continuidade às ações programadas para a Semana do Cooperativismo, a Associação Comercial e Empresarial e a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Unaí realizaram nesta quinta-feira, 12, palestra sobre “A força do cooperativismo como fator influenciador do comércio”.  

O presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credigerais, Darcy Neiva, traçou um panorama do cooperativismo desde sua origem, no bairro de Rochdale, em Manchester, na Inglaterra, em 1844, passando pela primeira cooperativa financeira da Alemanha, em 1949, pela primeira cooperativa de crédito do Brasil, fundada em Nova Petrópolis (RS) em 1902, pelo padre Amstad, até a criação do Bancoob e do Sicoob no Brasil, no ano de 1999, maior sistema financeiro cooperativo do país.

Darcy Neiva também apresentou os números atuais do cooperativismo e sua importância para a economia. Segundo ele, são contabilizadas 6.655 cooperativas em todo o país. Minas Gerais representa 11,6% desse número, com 774 cooperativas registradas no Sistema Ocemg. Com uma participação anual de 7,3% no PIB mineiro, o setor, que agrega 1373.173 associados e 36.128 empregados, é responsável por uma movimentação anual de R$ 38,3 bilhões.

Para a presidente da ACE/CDL, Eliana Oliveira Zica Pereira, “o cooperativismo é uma atividade muito importante e necessária para nossa economia e para o desenvolvimento do nosso país”, destacou.

O cooperativismo no Brasil está estruturado em 13 ramos: Agropecuário; Consumo; Crédito;  Educacional; Especial; Habitacional; Infraestrutura; Mineral; Produção; Saúde; Trabalho; Transporte; Turismo e Lazer.

Unaí abriga seis importantes cooperativas, como a Capul, Coagril, Sicoob Noroeste de Minas, Unicred, Unimed e Sicoob Credigerais, que estão entre as 40 maiores cooperativas do estado de Minas Gerais.

 

Cooperativas de crédito

Em relação às cooperativas de crédito, Neiva fez um comparativo entre o sistema bancário tradicional e o sistema financeiro cooperativo. “Nas cooperativas financeiras, os associados têm acesso a tarifas e taxas de juros diferenciadas que, ao contrário do sistema financeiro tradicional [bancos], não passam de 6%. Além disso, os cooperados participam das decisões e dos resultados econômicos, que são as sobras da instituição, ao final de cada exercício”, explica.

Vale ressaltar que as cooperativas de crédito oferecem praticamente os mesmos serviços que os bancos, como conta-corrente, cartões de crédito e débito, poupança, etc., além de promover o desenvolvimento econômico e social dos seus cooperados.

Só em Unaí, as cooperativas de crédito contabilizaram mais de R$ 28 milhões em sobras, que foram distribuídas para os cooperados, fomentando o comércio, aumentando a arrecadação de impostos e a geração de empregos na região.

De acordo com Neiva, é preciso difundir ainda mais a cultura do cooperativismo e sua importância econômica e social. “O cooperativismo é uma importante ferramenta para a erradicação da pobreza. Com a força do cooperativismo podemos fazer as pessoas mais felizes”, finaliza.


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