Mudança nos negócios requer líderes preparados

Evolução tecnológica impôs maior agilidade nestes processos

 

Gerir os negócios enquanto se navega por mudanças requer líderes e colaboradores preparados e engajados. Fazer a Gestão da Mudança (GM) é fundamental para a sequência e maturação da empresa. A evolução tecnológica das últimas décadas impôs um ritmo alucinante para alguma coisa que a humanidade conhece desde o seu princípio: a mudança.

 

A GM busca trabalhar com todos os níveis da empresa para adaptá-los à mudança. Desde o indivíduo até a organização como um todo, passando por equipes, gerência e diretoria executiva. Ela se refere a qualquer abordagem para gerenciar a transição de um negócio diante de decisões de grande impacto, como a reorientação da utilização de recursos estratégicos, elaboração de novos processos operacionais, modificação das dotações orçamentárias e tantas outras decisões.

 

Para a diretora regional da consultoria LHH Minas Gerais, Beth Barros, líderes e equipes precisam ter seus comportamentos mapeados e orientados de uma forma positiva e efetiva para atravessarem o processo de mudança. “O modelo LHH de Change Map para líderes e equipe com base no comportamento, permite aos líderes, nos seus papéis, identificarem onde eles e sua equipe estão dentro do processo de mudança, orientando-os na aplicação de comportamentos apropriados que gerem envolvimento e desempenho, permitindo que as equipes atravessem períodos de mudança de forma mais rápida e produtiva”, explica Beth Barros.

 

Para que a estratégia dê certo, o RH precisa liderar o processo, se tornando um agente de mudanças, atualizado, integrado e influente, melhorando o engajamento de quem fica e ajudando a garantir a continuidade dos negócios em tempos de mudanças. A principal ferramenta, nesses casos, é a comunicação.

 

“O papel da comunicação é essencial, pois ela traz o contexto do que precisa ser transformado, inclusive no que se refere aos desligamentos. A má condução de processos de comunicação das mudanças e desligamento pode trazer prejuízos para a marca. Afinal, o que e como os funcionários falam de sua empresa pode ter um impacto significativo, portanto, é importante cuidar da imagem da empresa por meio de um processo estruturado de comunicação com informações que possam enriquecer todos os envolvidos, incluindo a comunidade, melhorando sua reputação como empregador e fortalecendo a marca”, pontua a consultora.

 

Resistência - A resistência à mudança é uma característica humana, que visa à preservação de um quadro conhecido, portanto, ao menos na teoria, mais seguro. Líderes e equipes tendem a agir da mesma forma e em empresas de setores muito tradicionais isso pode se tornar um obstáculo muito grande. Em Minas Gerais, onde a economia tem com pilares a mineração, a siderurgia e o agronegócio, a gestão da mudança, muitas vezes, chega atrasada.

 

“Quando a LHH é procurada pelas empresas para um trabalho de gestão da mudança, identificamos que muitas delas têm clareza das transformações que elas precisam fazer e nos buscam para um trabalho de consultoria. Como é algo que não tem uma solução pronta, pensamos junto com o cliente e desenhamos uma solução conforme necessidade e momento do negócio. Há também algumas empresas que chegam com uma primeira demanda e quando iniciamos a conversa com um olhar consultivo, elas entendem que existem outras necessidades que não haviam identificado. Empresas que atuam no mercado de base como, por exemplo, siderurgia, metalurgia, mineração e outras, o ritmo do produto dá o ritmo das necessidades de mudança para o negócio. Essas empresas começam a sentir a necessidade de mudança frente a que o mundo está vivendo. Logo, acredito que o fato de serem de uma economia tradicional ou mineira, deverá ser levado em consideração o segmento de atuação”, avalia a diretora regional da consultoria LHH Minas Gerais.

Daniela Maciel

Fonte: Diário do Comércio


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