Presidente da ACE/CDL participa do 5º Fórum Nacional CACB Mil, em Brasília

A presidente da Associação Comercial e Empresarial e da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Unaí, Eliana Oliveira Zica Pereira, e sua diretoria participou nos dias 20 e 21 de junho, em Brasília, do 5º Fórum CACB Mil, promovido pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
Sob o tema “O Papel do Empresário na Construção de um Novo Brasil”, o Forúm teve como objetivo reforçar o debate e a troca de ideias para definir prioridades que resultarão no fortalecimento da economia brasileira, assim como sugerir caminhos e definir prioridades para um país mais competitivo, incentivar a reflexão sobre o contexto nacional e aproximar lideranças para o desenvolvimento conjunto do país. 
Entre os assuntos abordados estão a importância do associativismo, liderança empresarial, rumos econômicos do País, inovação e comércio internacional.
O Fórum, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, contou com a presença de diversas autoridades, entre elas do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge.
“O MDIC tem trabalhado em várias frentes para melhorar o ambiente de negócios no País. Uma delas é o aprimoramento do Portal Único de Comércio Exterior. Já lançamos o módulo de exportações e, em breve, estará disponível o módulo de importações. São medidas importantes para reduzir a burocracia e simplificar o comércio”, afirmou o ministro.
Marcos Jorge citou ainda o ProVa, Laboratório de Inovação do Varejo lançado, em parceria com a ABDI, no começo do mês, em São Paulo, uma iniciativa inédita na América Latina que vai apresentar tecnologias inovadoras para o mercado e promover atividades que ajudem a fomentar o varejo nacional. “Essas medidas contribuem para a melhora da economia brasileira”. 
Empreendedorismo
O economista Ricardo Amorim iniciou sua apresentação sobre  “Empreendedorismo e oportunidades para micro e pequenas empresas” destacando a importância de criar as oportunidades. “Se a gente esperar que as oportunidades caiam no seu colo, desista. É você que deve criar suas oportunidades”. 
Amorim afirmou que não falta determinação aos empreendedores brasileiros. “O Brasil está em 176º lugar no ranking de facilidade para a abertura de empresas e em 48º no ranking de novos negócios. Por ano, 5% mais novas empresas são abertas, com relação ao ano anterior, um número muito significativo”.
Segundo ele, no Brasil os empreendedores sonham pequeno e também não há inovação e nem ambição para inovar, sendo necessário fomentar a inovação no Brasil e isso começa pela micro e pequena empresa, porque em qualquer lugar do mundo, é nela que há inovação. A empresa grande já está firmada e quer continuar se perpetuando. Quem ousa são as pequenas, mas poucas delas estão fazendo isso.
O economista fez um histórico econômico brasileiro nos últimos 100 anos, e, segundo ele, estamos saindo de um momento de crise e isso, historicamente, pode nos dar um alívio. “Se a história se seguir, o Brasil terá um crescimento econômico significativo nos próximos anos”.
De acordo com Amorim, esta é a hora de buscar oportunidades de negócios e a única forma de transformar oportunidade em realidade é pensando diferente. Ele também destacou a importância do uso da tecnologia em favor dos negócios. 
O papel do empresário na política
O Fórum também discutiu o papel do empresário na política e a importância da figura do empreendedor que pode fazer diferença no cenário político do Brasil.
O painel contou com a presença do presidente da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), Zenon Leite Neto,  do Secretário de Estado de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Antônio Valdir Oliveira Filho, do presidente benemérito da CACB, Guilherme Afif Domingos e do mediador o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Marco Tadeu Barbosa.
Além do atual cenário que o País vive, foram ressaltadas questões como a crise financeira e política, e as eleições de 2018.
“Se nós não aproximarmos os empresários do poder público, o poder público nunca resolverá os problemas dos empresários, porque esse poder não sente as dores do empreendedor”, destacou Antônio Valdir. Uma maior integração da classe empreendedora também foi ressaltada como uma oportunidade de mudança. 
A falta de um voto distrital e uma baixa representação do empresário no cenário político foram observadas por Guilherme Afif Domingos como um empecilho para uma possível mudança. O presidente propôs o ativismo político dos empresários em relação à representatividade dos mesmos no poder público.
Resoluções extrajudiciais
O advogado Rafael Freitas Machado, sócio da Machado, Leite e Bueno Advogados, afirmou que é preciso pensar os conflitos de forma diferente, como oportunidade e não como litígio ou como problema para potencializar novas oportunidades para a atividade-fim. 
Freitas cita quatro formas de solução de conflitos, como a adjudicação, a avaliação neutra, a ouvidoria e o Comitê de Resolução de Disputas (CRD).
Segundo ele, existem vários mecanismos de solução e que depende do conflito. “Muitas vezes  a medida judiciária não é necessária”, explica. “Nesse processo é fundamental a inovação e a criatividade para resolver os conflitos, além de uma visão estratégica para solucioná-los em prol dos clientes”, conclui.
Exportações
No painel internacional “América do Sul, CPLP e União Europeia, um caminho para a exportação brasileira”, foram apresentadas as perspectivas de negócios e de relações comerciais que precisam de incentivo, porque o espaço para crescer é potencialmente ativo.
Vale ressaltar que o Brasil é o 11º parceiro da União Europeia com US$ 67 bilhões em 2017. É o primeiro, quando se trata de América Latina e em relação aos nove países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) mantem um comércio de US$ 3,4 bilhões. Um comércio que ganhou impulso de 60% favorável à balança comercial brasileira. 
O presidente da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP), Salimo Abdula, lembrou que os nove países que compõem a Comunidade – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – são donos de um potencial de riquezas naturais e de espaço produtivo, através de terras aráveis, suficientes para tornar a CPLP uma potência mundial. “Com certeza precisamos de ajustes, mas a União Europeia reconhece este potencial”.
Já o presidente da Associação Iberoamericana de Comércio, Indústria e Serviços (AICO), Julián Dominguez River, lembrou das dificuldades dos 23 países da América Latina, do Caribe, da Península Ibérica e das comunidades de linha espanhola dos Estados Unidos. “Trabalhamos para o aumento da produtividade, a promoção de investimentos e  desenvolvimento econômico”. Segundo ele, as perspectivas são ótimas em relação ao intercâmbio nos setores agroindustrial, bens de capital, energia renováveis, petróleo, siderúrgico e químico e turístico.
Mário Costa, presidente da União de Exportadores da CPLP (UE-CPLP), também não tem dúvidas de que os nove países da Comunidade, pelas suas condições naturais, poderão, em três décadas, formar um bloco econômico potente e sólido. “Precisamos de mais integração”, enfatizou.
Para o embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho, o acordo entre Mercosul e União Europeia ganha corpo, mas alguns de seus pontos ainda precisam de capital político. Os países do Mercosul ainda enfrentam problemas de corrupção e para combatê-la nada melhor do que a concorrência livre e a transparência.
 


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