Comércio previsões positivas para o Natal 2017

Após dois anos de recessão e registro de números não tão expressivos pelo comércio, a previsão para o Natal 2017 é que o setor volte a comemorar neste ano. Com a desaceleração dos preços e a queda dos juros em função da queda da inflação, o poder de compras das famílias brasileiras voltou a crescer, o que deverá resultar em bons negócios, sejam eles feitos em compras à vista (com preço mais em conta) ou em prestações. A retomada gradual do emprego, o que acaba por gerar a confiança entre as famílias, também resultado em bons resultados quanto às vendas.
Que o cenário é favorável não há dúvidas. E a previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de crescimento de 4,3% nas vendas para a data considerada a mais importante para o varejo. Essa alta representa uma movimentação financeira de R$ 34,3 bilhões até dezembro.
Ao lado da previsão positiva com relação às vendas, a expectativa de maior movimento nas lojas deverá colaborar para a geração de vagas temporárias no comércio. Segundo a CNC, o aumento deve ser de 9,6% em relação ao registrado em 2016. Deverão ser geradas 73,1 mil vagas temporárias este ano, contra 66,7 mil do ano passado. Tal previsão refere-se ao período de setembro e dezembro, quando devem ocorrer as ofertas. Em Juiz de Fora, de acordo com o presidente do Sindicomércio-JF, Emerson Beloti, a previsão é que o número de contratações fique entre 800 e 900 vagas. “É uma previsão conservadora, baseada no histórico de efetivos no comércio ao longo do último ano.”
O levantamento da CNC considera os resultados referentes às datas comemorativas que antecedem o Natal (Páscoa, Dia das Mães, Dias dos Namorados, Dia dos Pais e Dia das Crianças). De acordo com a CNC, as vendas do varejo aumentaram nos últimos cinco meses em comparação com o mesmo período do ano passado, o que ajudou a tornar as previsões otimistas. “Trata-se de um “efeito de adiamento” em relação aos anos anteriores. Antes da crise, mais de 20% das vagas começavam a ser preenchidas em setembro e outubro. Nos dois últimos anos, esse percentual não passou dos 15%”, afirma o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.
 
Setores 
A previsão da CNC é que o maior volume de contratações esteja concentrado no setor de vestuário, um dos que mais crescem no Brasil. Para o vestuário deverão ser abertas 48,9 mil vagas. Já no setor de hiper e supermercados deverão ser abertas 10,4 mil vagas. Juntos, os dois setores representam 42% da força de trabalho. Os “grandes empregadores” do varejo costumam responder, em média, por 60% das vendas natalinas.
 
Efetivação de temporários
Diante da perspectiva de retomada lenta e gradual da atividade econômica e do consumo no início de 2018, bem como dos impactos positivos sobre o emprego, decorrentes da reforma trabalhista, a taxa de contratação dos trabalhadores temporários deverá voltar a crescer após o Natal. “Ao contrário da média dos dois últimos anos, quando apenas 15% dos trabalhadores contratados em regime temporário foram efetivados após o fim do ano, a reação mais positiva da economia deverá elevar esse percentual para cerca de 27%”, afirma Bentes. No período pré-crise, a taxa média de efetivação foi de 32,5%.
 
Salário médio 
O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.191; avançando, portanto, 7,1% em termos nominais na comparação com os valores do mesmo período do ano passado. O maior salário de admissão deverá ocorrer no ramo de artigos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos, estimado em R$ 1.446. O segundo maior salário deve ser das lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.391). Esses segmentos deverão ofertar apenas 2,1% das vagas totais a serem criadas no varejo.
 


Voltar

Navegação