Sustentabilidade não é moda. É investimento e oportunidade

Se antes o conceito parecia incompreensível, atualmente, além de pauta obrigatória a qualquer negócio, traz uma série de oportunidades como lucratividade e inovação.

Já faz muito tempo que o desenvolvimento sustentável vem sendo discutido. Para referência, desde quando foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, em 1972, em Estocolo, na Suécia, na qual foi definido o dia 5 de junho como Dia Mundial do Meio Ambiente.

Entre as diversas definições para o significado de desenvolvimento sustentável, destaco: “Desenvolvimento que atende às necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade de as gerações futuras terem suas próprias necessidades atendidas”, expressão publicada em 1987 no Relatório Brutland no documento Nosso Futuro Comum, da Organização das Nações Unidas. Bem, o destaque para este trecho é que, após quase três décadas já não existe muito para as gerações atuais, muito menos para as futuras, o que demonstra a urgência do tema.

O que antes eram suposições, principalmente para o lado negativo, já está acontecendo bem antes do previsto: as transformações climáticas, as exigências sociais que pedem soluções globais, e principalmente, a crise econômica que afeta todos os cantos do planeta. O quanto a sustentabilidade os traz de interessante? Como um termo vago e distante, tornou-se pauta e completamente aplicável em todas as áreas?

Há muito se discute sobre o tema e, nos últimos cinco anos, o avanço das tecnológicos e algumas leis tornou o momento propício para, mais do que falar em sustentabilidade, praticar e investir nesta área, isto porque já é comprovado que ao mirar ao menos no pilar econômico, os resultados são claros e itens como redução de custos, melhoria em redução de custos, melhoria em processos de produção, ganho no ambiente interno, ganho no valor de marca e muitos outros benefícios são conquistados.

E você deve estar se perguntando o que fazer, como lojista, para surfar nesta onda?

Comece pelo Básico: Pilar econômico

Existem linhas de investimento para a sustentabilidade em diversas instituições (públicas, privadas e agências de fomento), para empresas de todos os segmentos e portes, procure em sua cidade, mas, caso você não consiga uma linha específica de crédito vale usar linhas convencionais com fins sustentáveis. O que seria isto?

Investir na sua loja para o uso de tecnologias de energia limpa, como energia solar fotovoltaica, redução de consumo de energia elétrica com uso de led, projetos de captação ou reuso de água, pelo simples fato de que vale o investimento. Devido ao avanço tecnológico, os projetos são customizados de acordo com a necessidade de cada negócio, além disso, a redução do custo já viabiliza o projeto, o retorno sobre investimento é garantido. Depois de melhorar a eficiência, reduzir os custos, ainda há a possibilidade de ganhar tanto pela redução em impostos (para cidades que têm o IPTU verde, por exemplo) quanto pela recuperação em créditos de carbono.

 

Além do Básico: Inovação

O que tem de muito interessante nas possibilidades que a sustentabilidade ativa nas empresas que dela fazem uso – para além da redução de custo, aumento na eficiência, e consequentemente, do lucro – é a oportunidade de inovação, ou seja, rever processos e forma como o negócio é organizado, como será a entrega de valor para os públicos envolvidos, o que pode ser feito de uma nova forma para impactar todos os envolvidos.

Mais do que recursos financeiros para inovar, é necessário querer ver e agir além, já há notícias de redes lojistas que aboliram o uso de embalagens, outras que pela implantação de ações demandadas pela sociedade – como a valorização da mão-de-obra ou engajamento em causas de diversos tipos – se destacam com os seus públicos e seus mercados. No item inovação há muito para ser feito, pois sempre que existir a necessidade de melhoria, a inovação poderá se fazer presente.

Mas não há ilusões. O tema sustentabilidade humana na Terra, configura-se como uma oportunidade para os negócios também, mas esta conciliação de necessidade e interesse só acontecerá se, além de uma vontade genuína de transformação, for associada uma ação vigorosa rumo à inovação das pessoas, e por consequência, dos negócios, dos relacionamentos, da vida como um todo. É um desafio pelo qual todos devem se movimentar, se não pela própria sobrevivência pessoal e dos negócios, ao menos, pelas gerações futuras!

 

 


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